ESG se torna prioridade para conselhos de administração no pós-pandemia

Pesquisa global do GNDI indica maior competição por talentos, reposicionamento do negócio e gestão de riscos como tendências para os próximos anos.

Data de Publicação: Mar 23, 2023
Escrito por: Luiz  Gustavo Anjos

ESG se torna prioridade para conselhos de administração no pós-pandemia

 

As questões ambientais, sociais e de governança (ESG) se tornaram mais presentes nas discussões dos Conselhos de Administração depois da pandemia de Covid-19, tal como a maior competição por talentos, o reposicionamento de negócios e a incorporação de gestão de riscos. Esse é o cenário apontado pela pesquisa “GNDI 2020-2021 Survey Report – Board governance during the Covid19 crisis: Análise dos Resultados Brasileiros”, assinada pelo Global Network of Directors Institutes (GNDI), grupo que se une a institutos de Governança em todo o mundo, e que tem como representante no Brasil o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Entre as pessoas que responderam à pesquisa, 85% entendem que, no longo prazo, teremos maior foco em questões ESG, de sustentabilidade e de geração de valor para partes interessadas. Maior necessidade de reposicionamento dos negócios (82%) e aumento da competição de talentos são outras tendências.

Além disso, a garantia da segurança e saúde dos empregados e a supervisão da estratégia surgem como preocupações dos participantes. Já os brasileiros apontam a gestão de riscos (50%) e a melhoria dos planos de crise (38%) como principais necessidades.

Para as duas amostras (mundial e nacional), as empresas não estavam preparadas para lidar com a Covid-19, mas a percepção é que os conselhos têm conseguido atuar efetivamente dentro deste novo cenário. Os comitês de crise (ou de outras funções) foram muito importantes, pois ajudaram os conselhos na resposta à pandemia.

Na opinião dos participantes das duas amostras, os principais desafios enfrentados pelos Conselhos foram ajustar a estratégia da organização ao novo ambiente e mercados, e garantir a efetividade das decisões que afetassem seus stakeholders. Em vista disso, para os entrevistados brasileiros, as três principais forças das suas empresas em resposta à pandemia foram valores e propósito (94%), resiliência (88%) e plano de continuidade dos negócios (87%). Na amostra global, por outro lado, o que mais se destacou foram gestão de crises, comprometimento do staff e adaptabilidade organizacional.

A digitalização dos Conselhos também é uma questão em voga. Aproximadamente 70% dos entrevistados brasileiros acreditam que mais da metade (60%) das reuniões de Conselho devem ser realizadas no formato virtual mesmo depois da crise. Esse percentual é de pouco mais de 80% na amostra global. Os conselheiros (87%) consideram que uma maior digitalização do Conselho e reuniões mais frequentes serão importantes para dinamizar a sua atuação.

Desenvolvida pelo GNDI, a pesquisa foi aplicada no formato de questionário por diversos institutos-membro em diferentes países da Ásia, Oceania, Europa, Oriente Médio, África, América do Norte e América do Sul. Foram entrevistados 1.964 conselheiros, dentre os quais 94 eram brasileiros, de 17 institutos. No Brasil, a fase de coleta ocorreu no período de 21 de agosto a 28 de setembro de 2020, e teve como público-alvo principal os conselheiros de administração.

ESG: o que é?

 

ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança, no português). O conceito dessa sigla tem a ver com boas práticas que orientam as empresas a serem mais sustentáveis em questões ambientais, sociais e de Governança corporativa. Conforme levantamento realizado no Google Trends, o interesse pelo termo ESG cresceu 1900% em dois anos.

 

 

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