ESG: Tudo o que você precisa saber sobre essa sigla

ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança, ou ASG no português). Saiba mais!

Data de Publicação: Mar 23, 2023
Escrito por: Luiz  Gustavo Anjos

ESG: Tudo o que você precisa saber sobre essa sigla

ESG é um assunto que vem causando uma série de mudanças consideráveis no cenário mundial. Essa sigla repercute no comportamento dos consumidores, no impacto social gerado pelas organizações e em aspectos climáticos, que afetam literalmente a todos nós. Para explicar mais sobre esse tema, neste artigo você encontrará tudo o que precisa saber sobre ESG.

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O que significa ESG?

ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança, ou ASG no português). O conceito dessa sigla refere- às boas práticas empresariais que se preocupam com critérios ambientais, sociais e parâmetros de boas práticas de governança corporativa.

 

O ESG na prática

Para entender o ESG na prática é necessário compreender que empresas e organizações são agentes com grande impacto no mundo. Esse impacto passa tanto pelo âmbito social quanto por questões ambientais. Assim, o tema ESG vem sendo discutido tanto entre consumidores quanto investidores, o que surte um efeito direto no modus operandi das empresas. Atualmente, 24% das bolsas de valores ao redor do mundo têm implementado a divulgação de parâmetros ESG como requisito obrigatório para listagem de ações. Com essa tendência crescendo, é bem possível que em algum momento no futuro a obrigatoriedade na apresentação de relatórios que apresentem parâmetros ESG para empresas que desejem abrir capital na bolsa seja uma realidade.

O que é ESG

Como surgiu o termo ESG?

A sigla ESG apareceu pela primeira vez como a conhecemos em 2005, em um relatório produzido pela ONU (Organização das Nações Unidas) intitulado Who Cares Wins (ou, em português, “ganha quem se importa”).

 

O  relatório foi uma iniciativa de diversas instituições financeiras a fim de definir orientações acerca de como considerar questões ambientais, sociais e de governança na hora de investir. 

 

Mesmo que a sigla tenha aparecido pela primeira vez em 2005, o conceito não é nada novo. Já entre as décadas de 1970 e 1980, o termo SRI (Socially Responsible Investing, ou, em português, investimento socialmente responsável) surgiu como uma iniciativa de fundos de investimento, a fim de definir critérios de contexto social para nortear a escolha dos melhores investimentos disponíveis no mercado.

 

Ao decorrer dos anos 1980, devido às grandes catástrofes ambientais que assolaram a década, a preocupação em investir em empresas ambientalmente sustentáveis atingiu um outro nível.

 

Mais adiante, entre os anos 1990 e 2000, surgiram os primeiros índices de responsabilidade social. Já em 1999, foi criado o índice Dow Jones Sustainability Index, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento de empresas segundo critérios que posteriormente chamaríamos de ESG.

 

Fica claro, portanto, que o ESG não é exatamente um conceito recente, mas sim que já tem sido pauta há algumas décadas.

Por que as empresas estão adotando o ESG?

 

Não é um exagero retórico afirmar que a sigla ESG deve orientar as organizações pelos próximos anos. Por isso, a seguir você confere alguns dos principais motivos:

1. O engajamento de investidores

Já é possível perceber o engajamento dos investidores com princípios ESG devido a um crescente fluxo de capital de ativos ou fundos alinhados a princípios de sustentabilidade e uma redução de aplicações em organizações que representem riscos ambientais e sociais.

O engajamento crescente dos investidores com a temática ESG é certamente um fator que impactará diretamente as organizações, tanto aquelas que começam a se mover para uma operação sustentável quanto aquelas que permanecem omissas às questões ambientais, sociais e de governança.

2. O comportamento dos consumidores

Atualmente, a interação através das redes sociais deu voz aos consumidores, que agora encontram um ambiente para expor e pressionar empresas que repercutem negativamente sobre aspectos ambientais, sociais e de governança, levando as companhias a se preocuparem coma aspectos ESG.

3. Regulamentações que forçam os tópicos de ESG na agenda de investidores

Além do engajamento dos investidores e do comportamento dos consumidores, outro fator importante a se considerar no quesito importância para a temática ESG são as regulamentações, que aos poucos estreitam a direção do mercado de investimento, conduzindo-o cada vez mais a critérios ESG.

4. Empresas ESG têm apresentado um bom retorno de investimento

A maioria dos pesquisadores concorda que empresas que adotam princípios ESG são mais rentáveis que aquelas sem políticas específicas. Segundo um estudo realizado pelo PRI, dentre os mais de 2.000 estudos publicados sobre o assunto desde a década de 1970, 63% concordam que existe uma relação direta entre a adoção de políticas ESG e retorno no mercado.

O que é Capitalismo de Stakeholders?

De acordo com Klaus Schwab, engenheiro e economista alemão, que criou o conceito desse termo, “o capitalismo de stakeholders é uma forma de capitalismo em que as empresas não apenas otimizam os lucros de curto prazo para os acionistas, mas buscam a criação de valor de longo prazo, levando em consideração as necessidades de todos os seus stakeholders e da sociedade em geral.”.

Seguindo esse conceito, as organizações capazes de alinhar os seus objetivos com os objetivos da sociedade estarão mais preparadas para criar valor a longo prazo. Isso quer dizer que capital e o lucro buscam manter o equilíbrio com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa, justamente o ESG.

Como medir os padrões ESG?

Para acompanhar e medir o desempenho dos padrões ESG de uma empresa, é necessário analisar quais aspectos representam riscos, oportunidades ou impactos importantes para a o sucesso do negócio.

Uma estratégia ESG de sucesso prioriza a gestão de riscos e oportunidades com uma visão de longo prazo. Dessa maneira, é necessário realizar uma avaliação completa sobre tendências ambientais, sociais e econômicas, sobre expectativas e demandas de stakeholders e seus impactos na organização.

Os pilares do ESG

A seguir você confere os pilares globais do ESG:

Ambiental (Environmental)

A letra E diz respeito às boas práticas ambientais de uma organização, e leva em conta pontos como:

  • Emissão de carbono;
  • Desmatamento;
  • Gestão de resíduos;
  • Escassez de água;
  • Eficiência energética.

Social

A letra seguinte, o S em ESG, diz respeito à relação da organização com as pessoas e com as demandas sociais ao seu redor. As boas práticas aqui envolvem temas como:

  • Relacionamento humanizado com o cliente;
  • Diversidade entre colaboradores;
  • Políticas de prevenção ao assédio sexual;
  • Equidade;
  • Relacionamento com a sociedade;
  • Propostas de favorecimento às minorias;
  • Comprometimento com os direitos humanos e trabalhistas.

Governança (Governance)

Já para a letra G, referente à Governança, são considerados aspectos ligados à administração da organização como:

  • Conduta corporativa;
  • Transparência das informações;
  • Composição do Conselho;
  • Estrutura do comitê de auditoria;
  • Remuneração dos executivos;
  • Canal para denúncias.

 

 

princípios para o investimento sustentável

 

 

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