Lixo Hospitalar: classificações, riscos e como descartar

Você sabia que a forma como a sua empresa de saúde descarta o lixo hospitalar pode impactar fortemente o meio ambiente? Confira mais neste artigo.

Data de Publicação: Mar 23, 2023
Escrito por: Luiz  Gustavo Anjos

Lixo Hospitalar: classificações, riscos e como descartar

Você sabia que a forma como a sua empresa de saúde descarta o lixo hospitalar pode impactar fortemente o meio ambiente? Confira mais informações neste artigo.

O que é lixo hospitalar?

O lixo hospitalar, conhecido também como resíduo hospitalar e resíduo de serviços de saúde, é todo tipo de lixo descartado por qualquer estabelecimento de saúde no atendimento a seres humanos e animais.

De acordo com dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), todo ano, hospitais, clínicas e laboratórios produzem em média aproximadamente 253 mil toneladas de resíduos hospitalares.

Todavia, com a pandemia da Covid-19, esse número aumentou. É o que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) em um relatório publicado em fevereiro deste ano. Segundo a entidade, houve um aumento da demanda de equipamentos de proteção individual (EPIs): cerca de 87 mil toneladas de materiais foram solicitadas em portal da OMS até novembro de 2021.

“Quando a gente pensa em meio ambiente, a primeira coisa que nos vem à cabeça é sobre o tempo que esses materiais levam para se degradar”, afirma Beatriz Pelozo Mendes, ESG Associate na Atlas Governance. “Então, o impacto sobre o meio ambiente é a poluição pelo tempo que leva para sua degradação.”

Luvas, seringas, máscaras e gazes são alguns exemplos de resíduos rejeitados. Há classificações feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esses descartes de acordo com o potencial de ameaça ao meio ambiente. Entenderemos melhor sobre isso a seguir:

Lixo hospitalar: classificação segundo a ANVISA

Cada tipo de lixo hospitalar deve ser armazenado, transportado e descartado de maneira específica para evitar qualquer risco à comunidade ou ao meio ambiental. Por isso existe a classificação da Anvisa. Elencamos abaixo os tipos:

Tipo A: potencialmente infectantes

O lixo hospitalar de tipo A é aquele que contém agentes biológicos com risco de infecção, como bolsas de sangue contaminado, por exemplo;

Tipo B: químicos

São os materiais que possuem substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente. Por exemplo: medicamentos para tratamento de câncer, substâncias para revelação de filmes de Raio-X e reagentes para laboratório;

Tipo C: rejeitos radioativos

Qualquer resíduo que contenha radioatividade que ultrapasse o padrão e que não possa ser reutilizado, como exames de medicina nuclear;

Tipo D: resíduos comuns

Todo lixo hospitalar que não tenha sido contaminado e que tampouco possa provocar acidentes. Luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis são alguns exemplos;

Tipo E: perfurocortantes

São aqueles instrumentos e objetos capazes de furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro.

Descarte de lixo hospitalar

O descarte, como já foi dito anteriormente, é feito de forma específica para cada tipo de lixo. De acordo com Beatriz, o cuidado com esses resíduos é de extrema importância porque, caso contrário, o risco de contaminação ou acidentes é muito alto.

E o descarte responsável desse lixo não é uma tarefa apenas para hospitais, clínicas e outras organizações de saúde. É uma responsabilidade também nossa. “Pensando no contexto da pandemia, quando a gente usa uma máscara descartável, ela também deve ser descartada de maneira responsável”, explica. “A máscara pode apresentar fluidos corporais e corpos orgânicos que transmitam doenças para outros indivíduos.”

Outro exemplo dado por Beatriz é o descarte de remédios. Se você os joga fora de maneira inapropriada, as substâncias químicas desses medicamentos entram em contato com o lençol freático — uma camada de água armazenada no subterrâneo de onde se obtém parte da água para consumo humano. Em outras palavras, as substâncias de produtos químicos não são eliminadas e acabam indo para a água com que regamos lavouras, que nós e outros animais bebemos etc.

Frente a tudo isso, o leitor deve estar se perguntando: como então devemos descartar o lixo hospitalar? Quais são as melhores práticas? É o que descobriremos adiante:

Como descartar lixo hospitalar?

No caso de empresas de saúde, segundo Beatriz, não é só da porta pra fora que se deve pensar em lixo hospitalar, mas também da porta pra dentro. Ou seja, se ele está sendo armazenado e manuseado de forma correta. Isso porque a má gestão desses materiais dentro do espaço hospitalar pode causar a infecção de colaboradores e pacientes. O que a sua organização tem feito para assegurar que esses resíduos sejam geridos e descartados de maneira apropriada?

Vale observar que a disposição final adequada do lixo hospitalar é uma questão a ser pensada pelas empresas que desejam se destacar por sua Responsabilidade Empresarial e pela adoção de estratégias ESG. O que aconteceria com o seu negócio se uma das ameaças dos resíduos hospitalares se tornasse realidade? A sua organização tem isso mapeado em sua Matriz de Risco?

“A gestão incorreta desses resíduos também pode resultar em impactos negativos para a imagem da empresa” — Beatriz Pelozo Mendes, ESG Associatena Atlas Governance.

Já no caso de indivíduos, vale entender as diferenças entre os tipos de lixos hospitalares, conforme classificação da Anvisa, observar quais fazem parte do seu cotidiano e descobrir para onde se deve destiná-los. Os medicamentos, por exemplo, que se encaixam no tipo B de lixo hospitalar, podem ser entregues em farmácias, que ficarão responsáveis pelo descarte correto do material.

Para onde vai o lixo hospitalar?

Os resíduos hospitalares devem ser levados para aterros específicos para lixo hospitalar. Aterros certificados, regularmente vistoriados e devidamente autorizados pelas entidades reguladoras de saúde e meio ambiente.

Além disso, não só os aterros, mas também as empresas que lidam com esses resíduos devem ser específicas. A entidade responsável pelo manuseio desse lixo deve ter certificação, bem como seus colaboradores precisam receber constantes treinamentos de segurança.

Governança corporativa e lixo hospitalar: qual o papel da alta administração neste caso em empresas de saúde?

Existem alguns desafios por trás do manuseio de resíduos hospitalares. É preciso licença municipal, estadual e da Anvisa, entre outros documentos. A Comissão de Resíduos, responsável pelo gerenciamento do lixo hospitalar, garante que tudo isso flua.

Se a sua empresa recebe uma visita da Anvisa, por exemplo, ela precisa ter tudo formalizado, organizado e acessível. Caso contrário, a Anvisa e a vigilância sanitária podem penalizar sua organização. Se fizerem uma visita e verem que as coisas não estão dentro de suas diretrizes, há multa. E a multa não é barata.

Frente a esses desafios, a Governança no setor da saúde deve assegurar que os processos utilizados pela Comissão de Resíduos sejam eficientes.

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